Os diferentes métodos de manejo dos bovinos nas pastagens podem ser agrupados em três sistemas: contínuo, rotacionado e diferido. As opiniões sobre qual é o melhor sistema de utilização são muitas e divergentes, principalmente com relação às alternativas de pastejo contínuo e rotacionado. Diversos estudos têm mostrado efeito significativo da pressão de pastejo sobre o desempenho animal, independentemente do sistema de pastejo utilizado. Um elemento comum nesses experimentos tem sido a interação entre a taxa de lotação e o sistema de pastejo. Com taxas de lotação de leve a moderada, o desempenho animal em pastejo contínuo pode ser igual ou maior do que o obtido em pastejo rotacionado.
Por outro lado, o pastejo em manejo rotacionado favorece o desempenho animal por área e não individual, em pastagens onde são utilizadas taxas de lotação mais altas. Como exemplo, podemos citar a produtividade de B. brizantha cv. Marandu que, quando sob pastejo em manejo rotacionado e adubação nitrogenada, foi 50% maior do que aquela obtida em sistema de pastejo contínuo sem aplicação de nitrogênio. Da mesma forma, acréscimos de 75% e 100% foram observados em pastagens de P. maximum cv. Tanzânia submetidas a pastejo de animais em rotação e adubação nitrogenada de 50 kg e 100 kg de nitrogênio/hectare/ano em relação às pastagens da cv. Tanzânia, em pastejo contínuo e sem o uso de fertilização nitrogenada.
A título de ilustração, o ganho de peso por área em sistemas de pastejo com manejo rotacionado e adubado pode chegar de 620 a 820 kg/ha/ano em forrageiras do gênero Panicum sp., com rotação de 7 períodos de 35 dias, sendo maiores do que os ganhos observados em áreas de pastejo contínuo, que variaram de 140 a 450 kg/ha/ano.
Ao comparar a URT com a média de cada fazenda, observa-se maior lotação e produção de arrobas, resultado da adubação de manutenção das pastagens (34 kg de potássio e 110 kg de nitrogênio por hectare) e do rodízio dos animais nos piquetes (oito piquetes por módulo de URT).
O mínimo de lotação e produção na URT de 2,43 UA/ha e 17,67 arrobas/ha/ano foram superiores à média da região de Alta Floresta-MT, que é de 1,12 UA/ha e 4,7 arrobas/ha/ano. Enfim, o valor máximo encontrado de 3,10 UA/ha e 27,34 arrobas/ha/ano para o primeiro ano de implantação e monitoramento demonstra a capacidade da tecnologia de manejo intensivo de pastagens no aumento da produtividade.