De acordo com cálculos do Cepea, as margens dos produtores estão mais apertadas neste ano, mas gestão pode garantir retorno positivo.
O setor pecuário está preocupado com os custos elevados do boi magro e da alimentação. Com isso, a atenção dos produtores já está voltada para a produção de boi gordo em confinamento neste segundo semestre. De acordo com cálculos do Cepea, as margens dos produtores estão mais apertadas neste ano, mas ainda é possível obter um retorno positivo.
Segundo o pesquisador do Cepea Thiago Bernardino, a gestão do pecuarista é fundamental para a obtenção de bons resultados.
“A grande questão está na gestão, tanto para fazer confinamento, quanto na hora de vender um animal. O pecuarista deve ser planejar. O confinamento tem um período de 95 dias, em média, no Brasil, então essa decisão de confinar tem que ser tomada um pouco antes”, pondera.
A atenção na compra dos animais também pode ser um fator importante para a rentabilidade do produtor, segundo o pesquisador do Cepea.
“O milho representa algo em torno de 25% da dieta, sendo que para o boi magro esse volume sobe para 70%. Quando a gente fala da compra de um bom animal, que vai trazer um bom resultado, mesmo com alimentação mais cara eu posso ter um resultado positivo. A compra do boi magro é muito importante nesse momento”, ressalta Bernardino.